Para o sindicato da categoria, o PDV é uma política equivocada.
Secretaria de Comunicação.
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou na última quinta-feira, 2, o plano de demissão voluntária (PDV) e o prazo para adesão segue até o dia 12 de junho. A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos de Sergipe (Sintect-SE), que mostra preocupação com a situação e chama de política equivocada essa tentativa de afastar os servidores da empresa com objetivo de redução de custos.
“Apesar de ser uma decisão individual de cada trabalhador a adesão ao programa, o sindicato entende isso como uma medida errada que vai onerar ainda mais os trabalhadores e a população que precisa dos serviços. O último concurso foi em 2011, muitos servidores estão adoecendo ou se aposentando, o que está acarretando em um déficit muito grande em todos os setores”, pontuou o presidente do Sintect/SE, Jean Marcel.
O sindicalista relata ainda que para se ter ideia do déficit de profissionais, há municípios onde o carteiro só passa um dia na semana porque não tem carteiro suficiente. “A saída de mais trabalhadores impacta ainda mais no serviço. Os que saem deixam mais serviço para os que ficam e isso consequentemente afeta a qualidade do serviço ofertado à população”.
Em dois anos, os Correios em Sergipe já perderam mais de 200 trabalhadores e a empresa tem feito de tudo para enxugar ainda mais o seu quadro. “As cidades estão crescendo, a população aumenta a cada dia, surgem novas ruas, mas o quantitativo de funcionários dos Correios não cresce nada, o que é pior, só diminui. O Município de Estância, por exemplo, está com novos 30 logradouros dentro da sede, há um condomínio com mais de mil residências, mas a entrega não acontece por falta de carteiros. Ou seja, em vez de investir nos seus funcionários para poder melhorar o serviço, a empresa acaba penalizando a população com as deficiências do serviço e o trabalhador com o aumento do trabalho”.
Ainda segundo Jean Marcel, a intenção do governo é sucatear os Correios e passar uma imagem para a população que a salvação é a privatização. “Mas com a privatização nós não temos a garantia dos empregos e a população corre o risco de ficar sem o serviço postal porque algumas regiões não são interessantes para o setor privado. Temos feito uma análise e verificamos que em alguns países, a exemplo da Argentina e Portugal, privatizaram o serviço e agora estão desprivatizando porque não deu certo. Ou seja, promover PDVs e estimular a privatização não são a saída para a empresa”, finaliza.
Reprodução do Jornal da Cidade.
Se resolvesse logo a questão do processo que se arrasta a longos anos em Brasília, ajudaria de uma certa forma a sobrecarga dos funcionários dos Correios e também a população, desde 2013 o processo tramita em Brasília do concurso de 2011. Processo de número 1035-92-2013-5-10-15. Já foram duas vitórias no TRT 10 de Brasília e um Vitória no TST da segunda turma de Brasília, porém os Correios sempre acha uma justifica pra entrar com recursos em cima de recursos até quando essa lei Brasileira vão abrir os olhos que desde o início desse processo sabe que os Correios ao longos desses anos agiu de má fé com seus candidatos do cadastro de reserva e contrataram e contratam até hoje os terceirizados ao invés de chamar os aprovados do concurso de 2011 .