Intransigência da ECT atrasa definição sobre percorrida máxima.

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Reprodução do site da FENTECT.

A convite do Ministério Público do Trabalho que decidiu mediar a questão da distância e carga máximas nos trajetos feitos pelos trabalhadores carteiros, a FENTECT compareceu a uma reunião no último dia 21 de março em Brasília. A questão, que é objeto de uma ação em curso no TST, já teve duas sinalizações favoráveis aos trabalhadores.

A subprocuradora geral do MPT justificou a reunião como uma tentativa de encontrar um meio-termo, já que os Correios alegam que, caso cumpram a decisão de estipular em 8 km a distância máxima a ser percorrida, a empresa pode “quebrar”. Trata-se, no entanto, de uma questão relacionada diretamente à saúde do trabalhador, por isso o MPT decidiu se manifestar, entendendo que é necessário levar em conta a empregabilidade e a capacidade sem deixar de zelar pelos direitos e os impactos na qualidade de vida dos trabalhadores.

Os representantes da FENTECT relataram questões do cotidiano dos carteiros para estimar as dificuldades que esses trabalhadores enfrentam, bem como as consequências desastrosas da DDA que a empresa tenta impor a todo custo e a sabotagem da entrega matutina que piora consideravelmente as condições de trabalho.

Infelizmente o que se viu por parte da ECT foi uma postura comodista e negligente em diversos aspectos, apresentando dados que não dizem respeito à melhoria da jornada ou cumprimento da decisão que já foi definida em duas instâncias. Ao fim do debate foi aberto um prazo de 15 dias para contestações e a FENTECT reafirmou que luta por um acordo que beneficie os trabalhadores. A Federação também lamenta a intransigência da ECT que parece não querer resolver a situação esperando que os trabalhadores abram mão de mais esse direito.

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