No oitavo dia de trabalhos, a Saúde do Trabalhador e Trabalhadora Ecetistas foi o tema que dominou o período da tarde da reunião de negociação da campanha salarial. O SINTECT-SE acompanha tudo de perto de Brasília, com a representação de José Márcio, Secretário de Divulgação e Imprensa.
O assédio moral da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) em relação à saúde dos trabalhadores chegou ao grau máximo. Os gestores se acham no direito de questionar desde os afastamentos por atestados médicos, ausências para acompanhar dependentes ao médico, até a necessidade de realização de cirurgias.
Para o secretário de saúde do trabalhador Fentect, Paulo César, o fato da empresa não ter cumprido muitas cláusulas em relação à saúde do trabalhador no último ACT prejudicou muito a categoria “Essas ações penalizam a saúde do trabalhador dos Correios, que está sobrecarregado de trabalho, elevando os níveis de adoecimento” reitera Paulo.
Em 2014, a Empresa acabou com o plano de saúde próprio, “Correios Saúde”, e o terceirizou através da criação de um modelo de caixa de assistência, a Postal Saúde. Em 2018, o que já era um atendimento precário foi acrescido das cobranças de mensalidades e coparticipação altíssimas, sem nenhuma melhoria em relação aos inúmeros descredenciamentos, dificultando ainda mais a saúde preventiva do empregado.
Uma reclamação da categoria é que ainda temos os assaltos e acidentes de trabalho, que aumentaram em proporções alarmantes, e muitos gestores da empresa questionam os atestados dos trabalhadores, se recusam a todo o momento a emitirem as CAT’s (Comunicação De Acidentes De Trabalho), que é uma obrigação da Empresa.
A Fentect chama os trabalhadores a se organizarem, e reitera o seu compromisso de luta pelas boas condições de trabalho e saúde do trabalhador e da trabalhadora dos Correios.