SINTECT/SE ALERTA: OS PREJUÍZOS DA PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS PARA A SOCIEDADE.

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O governo federal tem feito uma campanha totalmente tendenciosa a respeito da privatização dos Correios, que tem como único objetivo desinformar a população e entregar a empresa que é patrimônio nacional a preço de banana ao capital estrangeiro.

É necessário fazer um contraponto às falácias que vem sendo veiculadas e entender de fato o que representa a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para o país.

Para iniciar o debate é necessário fazer alguns esclarecimentos. O primeiro é que os correios não depende de verbas do governo para se manter, ao contrário, a empresa tem repassado dinheiro para o governo, inclusive acima do previsto em lei, o que colaborou com as dificuldades financeiras vividas nos últimos anos.

A privatização da atividade postal não garante, como vem sendo propagado, que o serviço melhore ou que os preços fiquem menores, ao contrário, em países onde a empresa de Correios foi privatizada é possível notar um aumento nos preços, como na Argentina (em alguns serviços o aumento chega a 400%) e uma diminuição da oferta do serviço, como em Portugal (cerca de 11% da população deixou de ser atendida).

É necessário lembrar também que a empresa tem um cunho social que já perdura mais de 350 anos e é fundamental no sentido do desenvolvimento e da integração nacional. Para além dos lucros que a empresa possa representar para alguns, os correios públicos garantem hoje o funcionamento de inúmeras empresas nas diversas regiões do país e garantem acesso universal ao serviço postal a grande maioria dos brasileiros, através de um mecanismo de logística que possibilita a entrega de objetos nas regiões mais remotas do país, como, por exemplo, nas cidades ribeirinhas da amazônia e no interior do nordeste, onde não é do interesse do capital privado atuar.

Os correios é ainda uma forma de atuação do poder público para além dos serviços postais, atuando como braço do estado em municípios menores levando cidadania a milhões de brasileiros. A execução de inúmeras políticas públicas vigentes está largamente amparada na ação da estatal. Em todos os municípios a empresa participa da elaboração de um componente básico da cidadania, que é a criação ou formalização de endereços através do CEP, além de ser em muitas localidades o único ente representativo da federação. Os correios são os responsáveis pela entrega de livros didáticos, vacinas, remédios e cestas básicas. Atuam ainda na coleta e entrega de donativos em caso de desastres ambientais e são os únicos presentes em todos os municípios do Brasil.

A empresa emprega atualmente mais de 100 mil pais e mães de famílias por todo o território nacional, é reconhecida internacionalmente pela excelência dos serviços prestados, promove a integração nacional e o desenvolvimento do País como um todo.

A privatização dos Correios pode causar grandes prejuízos a população em vários setores da vida do país como: no âmbito social, seria a extinção da universalidade do serviço postal, um princípio que é reconhecido internacionalmente e inscrito na Constituição. As empresas privadas escolhem os lugares onde atuarão, sob a lógica de mercado. No plano econômico, haveria demissões em massa e dificuldades logísticas para setores da economia que dependem de um serviço postal com máxima capilaridade, em serviços como o comércio eletrônico. Na dimensão territorial, o significado imediato seria retrocesso no processo de integração dos lugares e regiões, causado pelo fechamento de agências. Enfim, com a transferência da empresa para a iniciativa privada, o estado teria dificuldades em assegurar o princípio de inviolabilidade das correspondências, além da ameaça à soberania nacional ocasionada pela possibilidade de controle desse serviço estratégico por empresas estrangeiras.

POR UM CORREIO PÚBLICO, DE QUALIDADE E PARA TODOS!!

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